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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Redação Enem 2015: como a crise dos refugiados pode cair na prova.

Professora alerta sobre o que o aluno deve evitar na prova, como discursos xenófobos, que firam a dignidade das pessoas e os direitos humanos.

crise migratória na Europa foi um dos temas de maior destaque na mídia nos últimos meses. Fugindo da fome, das guerras e da pobreza, milhares de pessoas vindas, principalmente, da África e do Oriente Médio, chegaram ao velho continente em busca de asilo e da possibilidade de começar uma nova vida, longe das mazelas que afetam sua terra natal.
Vítimas de guerras civis e perseguições estão entre os cerca de 300 mil imigrantes e refugiados que chegam à Europa (Anna Zehetner/ IFRC)
Os imigrantes sírios, por exemplo, entraram de forma massiva em países da Europa, tendo como principal portão de acesso os litorais da Grécia e da Turquia. Para chegar ao destino, a maioria arrisca a vida em travessias perigosas pelo mar mediterrâneo, a bordo de botes infláveis e barcos clandestinos. Grande parte deles, infelizmente, não sobrevive ao trajeto até a Europa, como é o caso do menino Aylan Kurdi, de 3 anos, que foi encontrado morto em uma praia da Turquia e virou símbolo da crise dos refugiados.
Além dos países europeus, os imigrantes sírios também viram no Brasil uma terra de novas possibilidades. Segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), fomos o país latino-americano que mais recebeu refugiados da Síria, no período de 2011 até agosto deste ano, contabilizando mais de 2.000 pessoas.
COMO A CRISE DOS REFUGIADOS PODE CAIR NA REDAÇÃO DO ENEM
Tendo em vista esse cenário alarmante, a professora de redação Gabriela de Araújo Carvalho explica como a crise dos refugiados pode aparecer na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio 2015 (Enem).
Para Gabriela, a maneira mais assertiva de o aluno abordar o tema em seu texto é falando sobre o que o país deveria fazer para receber bem esses imigrantes. Além disso, o candidato deve apresentar formas de absorvê-los em nossa sociedade, dizendo como oferecer boas condições de trabalho, moradia e alimentação.Segundo Gabriela de Araújo, o Enem é uma prova que foca em questões relativas ao Brasil, o que reduz as chances de um tema internacional. “Acho pouco provável que a prova tenha uma amplitude global, de entender o que está acontecendo no mundo. Acredito que a única forma seria falar, justamente, sobre os refugiados que chegam ao Brasil”, aposta.
Outra boa abordagem para o assunto é desenvolver uma dissertativa enaltecendo pontos positivos do país. Segundo a coordenadora do Poliedro, o aluno pode falar, por exemplo, sobre como a origem miscigenada do nosso povo, que sempre recebeu muito bem os imigrantes, facilita a adaptação dos refugiados e nos torna bons anfitriões.
Gabriela também alerta sobre o que o aluno deve evitar na prova de redação, como discursos xenófobos, que firam a dignidade das pessoas e os direitos humanos. “Mesmo que o aluno seja contra a entrada dos refugiados no Brasil, para o Enem é muito importante que ele apresente propostas para ajudá-los e sugira formas de solucionar os problemas que cercam o tema”, completa.
ENEM 2015 E A CRISE MIGRATÓRIA
Em 2012, o tema da redação do Enem foi “O movimento imigratório para o Brasil no século XXI”. Para a coordenadora Gabriela Carvalho, a similaridade entre os assuntos e o intervalo curto de tempo entre as duas provas pode fazer com que a crise dos refugiados não apareça na redação do Enem 2015. “Acho mais provável que o tema caia em uma, ou mais questões da prova, do que como tema da redação”, aposta.
Por outro lado, Gabriela diz que é impossível cravar essa informação, já que os exames costumam ser cíclicos. “Temas que já caíram podem cair de novo. Isso não é um problema. Por isso, acho importante que os alunos consultem o tema de 2012 para ter referências, caso ele apareça de forma parecida no exame deste ano”, finaliza.
Com informações do Universia Brasil

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