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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

GOVERNO DO CEARÁ - Participação do pai no cuidar é importante para saúde da criança.

banner hias site dia dos pais Pensou em cuidado com os filhos, logo vem à cabeça a imagem de uma mãe. Quando os filhos estão doentes, durante a hospitalização, elas estão alí, pertinho, em todos os momentos do tratamento. Mas quem disse que tem que ser assim, compromisso apenas do amor de mãe? Cuidar dos filhos é missão de quem ama. E esse amor é um conjunto de atitudes que proporcionam bem-estar e segurança. No Hospital Infantil Albert Sabin, da rede pública do Governo do Estado, há pais que assumem a paternidade no seu conceito mais puro e participam de todos os aspectos da vida dos filhos. São acompanhantes dos filhos.
 
“Eu sou pai e mãe”, assim diz o vigilante Aldair Ribeiro da Silva, 38, pai de Ana Sophia Ribeiro Moraes da Silva, 5, que faz tratamento de microcefalia e encefalopatia e há dois anos é assistida pela equipe multidisciplinar do Albert Sabin. O pai é cearense, mas morava no Macapá (AP), onde conheceu a mãe de Sophia e com ela teve duas filhas. Ana Sophia é a caçula e desde dezembro do ano 2013, ela e sua irmã vieram de mudança com ele para Fortaleza. “Depois que eu e a mãe delas nos separamos, larguei tudo para me dedicar à ela (Sophia). Eu concilio cuidar das minhas duas filhas”, fala.
 
Ana Sophia nasceu com baixo peso, de um parto cesário e prematuro. A necessidade de antecipar sua vinda ao mundo foi para garantir a sobrevivência dela e da mãe, que passava por complicações no pâncreas e na vesícula. Atualmente, enquanto se recupera de um procedimento cirúrgico, a menina é acompanhada pelo pai e a irmã mais velha está com a avó. Apesar do preconceito que às vezes encontra pelas ruas da cidade, pois a criança é cadeirante, das dificuldades financeiras e da saúde delicada da filha, Aldair considera-se um homem feliz, um pai realizado. “A paternidade ainda não é muito valorizada por causa do tabu para muitos pais e para a sociedade. A partir do momento que o pai se infiltra e se dedica à família, quebra esse tabu. Ele sente na pele o que é ser uma mãe, cuidar da criança, indo além do quesito financeiro”, afirma.
 
Com as limitações e os cuidados necessários para dar uma melhor qualidade de vida à Ana Sophia, Aldair abriu mão do conforto e passou a ser, além de provedor e protetor, o pai, a mãe, o amigo, o cuidador dela. Essa experiência tem transformado sua percepção e concepção a respeito da vida e da sociedade e renovado a esperança no coração dele. “A Sophia mudou muita coisa na minha vida. Eu bebia e parei de beber, mudei de religião… Com o nascimento da Sophia, eu vim ver que a vida com esses olhos de que a gente tem que participar. Nem sempre a estrutura financeira é tudo, mas a família é. Eu me sinto um pai muito realizado e muito feliz pelo apoio que o Hospital tem me dado, eu não teria condições”, declara

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